Apresento a vocês um sonho de consumo não-descoberto pelos Corseiros que eu conheço.
Um Corsa Hatch GLS 1.6 – 2000 – Prata – Completo
Um carro ao meu ver ainda em descoberta e metamorfose, pois a cada dia eu me deparo com situações novas e diferentes do que eu estava acostumado com o Tiozinho Super, com quem convivi durante nove anos.
Ao ver o anúncio aqui na seção de Classificados de Automóveis e Outros Veículos não imaginava como um carro de alma igual ao Tiozinho pudesse tanto me surpreender.
No começo o anúncio não possuia fotos, só imaginava como seria o carro, sem ao menos visualizá-lo. Quando o proprietário anterior colocou as fotos no anúncio http://www.corsaclube.com.br/viewtopic. ... 7&start=15 eu me apaixonei pelo carro, mas por amor ao Tiozinho resolvi não ceder a tentação.
Os dias foram se passando, muitas pessoas foram vê-lo e fizeram várias propostas ao proprietário que negou todas no primeiro momento, pois estavam abaixo do que ele pedia pelo veículo.
Minha esposa resolveu ver as fotos e falou para mim: Vá ver o carro, não custa nada. Eu não queria em momento algum ver o carro de perto, pois saberia que perderia a cabeça e teria que fazer uma terrível escolha, onde seria sacrificar a relação de nove anos com o Tiozinho caso decidisse resolver ficar com o carro.
Mandei e-mails para o proprietário e ele sempre me atendeu bem. Conversamos bastante antes de ver o carro e marcamos duas vezes para ver o carro pessoalmente, mas nunca dava certo. No dia que deu tudo certo, fui a cidade de origem do emplacamento Osasco-SP saindo de Guarulhos-SP onde resido atualmente.
Cheguei no local marcado e o carro estava lá como nas fotos, lindo, brilhando, uma jóia rara ali do meu lado como se fosse uma pedra preciosa em evidência.
Como o km dele 101.500 km era original, não poderia esperar muito de sua forma física, pois o proprietário me explicou tudo o que tinha feito e a fazer sobre sua manutenção.
Olhei todos os detalhes importantes, considerados vitais para a sobrevivência do carro e garantia do negócio como: motor, longarinas, estrutura geral, fora a pintura, acabamento interno, freios, embreagem, pneus e parte elétrica.
Todos os outros detalhes, não poderia avaliar ali naquele momento pois deveria andar com o carro, mas ficamos conversando cerca de 1:30h o que o que já deu pra sentir o que eu deveria fazer caso ficasse com o carro, que seria itens considerados de desgaste normal como correias, esticador da correia dentada, amortecedores, molas e kit´s de suspensão, que ao meu ver eu faria em qualquer carro que comprasse.
O proprietário foi com a minha cara por tudo o que conversamos e combinamos ali que o meu interesse era tão grande quanto o dele de vender. Ele tinha xodó pelo carro, pois estava na família dele a nove anos e desde zero, o que me agradou e muito pois o carro foi conduzido por poucas pessoas e tinha procedência total.
Começou aí o desfecho de uma história emocionante desde 15 de agosto de 2009.
O proprietário afirmou que o carro seria meu de qualquer forma, pois ele via como eu cuidava com dedicação do meu veículo, chegou a entrar nele e ver todos os detalhes de conservação e cuidado, logo teria a certeza de que o carro seria bem cuidado e naquele momento ele fazia questão de repassar o carro para uma pessoa tão cuidadosa quanto ele, em matéria de paixão sobre um brinquedo de “gente grande” e me deu um prazo de 45 dias para vender o Tiozinho para pegar o Hatch GLS.
Resultado, voltei para casa alegre e triste pelos motivos que muitos aqui do clube conhecem, a separação do Tiozinho proporcionada por apenas um momento de prazer de sentar, acelerar e conhecer um novo Corsa. Diga-se de passagem um manso, carinhoso e inofensivo cordeiro com agressividade, brutalidade e selvageria de um lobo selvagem.
Dali pra frente estava dada a largada para a venda do Tiozinho, tirei várias fotos no dia seguinte e criei o post de venda http://corsaclube.com.br/viewtopic.php?t=54086 que foi a referência para todos os interessados verem o carro com detalhes. Publiquei no Webmotors e MercadoLivre dois anúncios e recebi várias propostas, até que um lojista de Sumaré-SP pagou o que eu pedia pelo Tiozinho e o levou para morar no interior.
Se quiserem vejam a mensagem de despedida http://corsaclube.com.br/viewtopic.php?p=492487#492487 e notem que a paixão entre um homem e uma máquina marca espaços da vida deste e deixa marcas que jamais serão superadas por as atuais com o futuro carro. Falo para vocês que fiquei mal mesmo, fiquei abatido, chorei e tudo, pois afinal nove anos convivendo com o carro, superando muitos obstáculos e dificuldades fazem qualquer um olhar pra trás e falar: ele me ajudou e muito naquelas fases que tive que deixá-lo de lado para reformar a casa, sacrificando-o ao máximo para direcionar a grana para o nosso teto. Ele foi forte, robusto, valente e guerreiro, pois não nos deixou na mão em nenhum momento e sei que vai continuar a ajudar muita gente para onde for porque a alma dele é para fazer qualquer pessoa feliz.
O Tiozinho se foi e o GLS estava bem próximo de estar nas minhas mãos. Eu e o proprietário nos encontramos no banco no dia seguinte ao dia fatídico da separação, fizemos a transação bancária, ele me entregou as chaves, documentos e saímos em direção ao carro.
Ali estava ele me aguardando quietinho, sujo, pois o proprietário tinha saído com ele no final de semana anterior para exercitá-lo e pegou uma grande chuva no percurso por onde passou, então estava com um belo disfarce daquele do dia da apresentação.
Cheguei na porta do motorista coloquei a chave na fechadura e abri a porta, o menino GLS estava ali nos meus braços. Coloquei minhas coisas no banco de trás, me acomodei, regulei banco, retrovisores, pisei na embreagem e dei a partida. O motor pulsava, o Conta-Giros mostrava ali seus batimentos e a serenidade do motor 1.6. Era um outro carro, outro ronco, outro comportamento, outra “pegada”. Sai com o carro e já notei que tudo era diferente, mais confortável, mais silencioso em relação ao Tiozinho. Levei o antigo proprietário até uma estação de trem onde ele falava que iria para o trabalho agora sem o GLS, serenamente nos despedimos e ao bater a porta acelerei como se fosse o Tiozinho. O carro respondeu violentamente e deu um pulo, pediu a segunda marcha, coloquei e acelerei como se fosse um carro 1.0, cantou pneu, saiu feroz, correndo, destemido com vontade de rasgar asfalto. Logo a velocidade subiu e já vi que ele respondia aos meus instintos como se fosse um cavalo puro sangue. Na verdade ele não era um cavalo puro sangue era uma manada de 92 cavalos puro-sangue.
E ganhamos a Marginal Pinheiros em direção ao meu trabalho, onde já desfrutei a força do motor 1.6. Fiquei impressionado como a GM pode deixar de fazer um motor desses. Garanto que o motor desse carro é superdimensionado para o seu peso e apenas encostando o pé ele já responde muito rapidamente.
No trajeto, já fui fazendo a lista do que deveria trocar em primeiro momento e como sabia que a Acciolly Distribuidora Autorizada de Peças e Acessórios era o caminho inicial antes de chegar no meu trabalho, logo já me dirigi para lá.
Vejam as fotos dos primeiros momentos do GLS comigo, sendo tratado como rei agora:





Primeiro Upgrade original instalado (tudo o que é bom pode melhorar e muito)
Antes:

Depois:

Antes:

Depois:

Antes:

Depois:

Alguns complementos:

Será que falta algo?

Antes:

Depois:

Antes:

Depois:

Novo Visual:

Esse hora o dinheiro estava na conta do proprietário e eu podia falar com tranqüilidade que o GLS já tinha um novo lugar para morar:

Digo e reforço, este é o melhor lugar para moldar os seus sonhos e torná-los realidade:

Antes:

Depois:

Pequenos detalhes:

Antes:

Depois (Está bem sujo, não? Aguardem e verão o que acontecerá em breve):

Antes:

Depois:

Antes:

Depois:

Uma parada no posto para abastecer e tomar uma ducha, cercado de irmãos da GM:





Primeiro banho:




Limpinho:

Chegando em casa mostro que tenho mais alguns mimos para ele:
Em sentido anti-horário: Correia Dentada Reforçada com uma Cinta de Aço, Correia do A/C + DH + Alternador, Esticador da Correia e por fim uma nova Válvula Termostática, pois a temperatura estava sempre nos 100ºC.






As chaves, a chave reserva intacta novinha.

Hora de dormir, nem eu nem minha mulher acreditávamos o que estávamos passando naquele momento, era pura emoção:

Olhem ele ali no lugar herdado do Tiozinho:



Hora de dormir, tenho fechar a porta e deixá-lo repousar, pois ele vai se cansar bastante nas minhas mãos:

É só o começo, muitas coisas vão acontecer.....
Até o próximo post!
Abraços!
Sousaman